Oiiii amorsx!! Como falei lá no Insta, vou compartilhar aqui no blog com vocês, como se fosse um "diário", a minha história, toda a minha saga até chegar na marcação da cirurgia para retirada total do útero. 

Sintomas - Vamos pelo começo, início de 2018 e já era o terceiro ou quarto mês que a minha menstruação estava irregular. Eu desde moleca sempre tive a menstruação muito certinha, não sofri com cólicas, não tinha TPM severa, minha rotina uterina era ótima!!rsrs Então realmente fiquei assustada e pedi um encaixe para a minha gineco. Contei para ela que tinha meses que eu sangrava 3

vezes e outros que a menstruação nem dava as caras e naquela época esse foi o único sintoma que me fez procurar a médica. Eu não tinha dor, nem nada. Mas eu tomava o mesmo anticoncepcional há bastante tempo e num primeiro momento até achei que pudesse ser problema com a pílula, mas na ultrassom transvaginal que fiz apareceu um mioma. Eu já tinha ouvido falar de miomas, mas pensei que era algo simples e que havia possibilidade do meu próprio organismo dar conta de eliminá-lo e por ser pequeno, a recomendação médica foi observar. Não trocamos o anticoncepcional nem nenhuma medida a mais do que observar. 

Evolução - Como naquela época eu ainda não havia tido hemorragia, eu simplesmente esqueci do mioma e fui viver a vida.  Em 2019 eu fiz tanta coisa, foi um ano tão intenso para mim que eu só fui parar e lembrar do mioma no fim do ano, quando comecei a sentir dor frequente. É tipo uma cólica que até diminui a intensidade com medicação, mas não para totalmente. Em outubro de 2019 eu tive um episódio apavorante de hemorragia. Nunca vi uma coisa daquelas em toda a minha vida. Precisei ficar internada na emergência de um dia para o outro para tentar conter o sangramento, tomei injeções de Vitamina K, Transamin, que é um antifibrinolítico usado para conter sangramentos e no hemograma apareceu uma anemia forte. 

Mudanças na rotina - Com as hemorragias e sangramentos fora de hora, anemia severa e um cansaço que me consumia toda energia vital e levava embora minha vontade de viver, fui proíbida pelos médicos de fazer exercícios físicos. Toda a minha rotina foi alterada, precisei entrar com um anticoncepcional de uso contínuo, coisa que desestabilizou bastante o meu organismo, alterou minhas funções hepáticas, meus hábitos alimentares, me fez ganhar peso e mexeu também com o meu humor e disposição geral. Eu sempre fui muito ativa, confesso que comecei a me sentir muito incomodada e depressiva. Se eu andava um pouco mais eu já me cansava e sentia dor. E passei a ficar muito inchada, tanto a ponto de perder roupas e ter dias que nenhum jeans fechava. Parece mesmo uma barriga de gestante de uns 4 meses. 

Diagnóstico final - Prometi pra mim em 2019 que iria resolver isso, mas aí baixou a pandemia e todo mundo sabe o que aconteceu. O SUS parou total, todas as cirurgias eletivas foram canceladas, começou a formar uma fila gigante para médicos e exames e eu também fiquei apavorada com a possibilidade de pegar Covid. Então precisei adiar as coisas e os sintomas só pioraram. Um cansaço cada vez mais avassalador, um desânimo e mesmo tratando a anemia não melhorava. Fiz meu ciclo anual de Citoneurim (B12), estava tomando sulfato ferroso e um polivitamínico, mas nada adiantava. Estava sentindo, quer dizer, ainda ESTOU sentindo falta de fazer exercícios, de me olhar no espelho e me sentir bem e principalmente, da minha vitalidade; da minha energia, disposição. Ando me sentindo totalmente sem forças, embora a anemia já tenha melhorado bastante. Em março de 2020 fui fazer uma nova ultrassonografia, morrendo de medo de pegar Covid, mas não tinha jeito e o médico que realizou o exame me explicou que o mioma havia crescido muito e rápido e tinha se tornado um "Mioma submucoso", ou seja, o mioma não só cresceu, mas ele também adentrou as paredes do útero, foi para debaixo do muco uterino. Ele incorporou-se ao meu útero e sendo assim, a possibilidade de retirar somente o mioma e deixar o útero foi descartada. Ou seja, não era mais uma questão de *escolha* fazer ou não fazer a histerectomia. 

Ali foram 10387459 pensamentos ao mesmo tempo. Um turbilhão de emoções e um misto de alívo, medo, gratidão e raiva. Que eu vou explicar um por um no próximo post do meu "diário da histerectomia".

Por hoje é isso! E rumo à cirurgia, dia 20 de outubro, com a permissão e bênção de Deus!

Beijos!!

Bruna