Quem estuda e gosta das leis universais, com certeza já ouviu o famoso termo "Soltar". Mas "soltar" pode não ser tão simples quanto parece.
De onde vem a sua fé?
Pense nessa pergunta, sem
pressa.
A sua fé vem de fábrica? Ou
seja, a sua fé foi incutida em você pelos seus pais ou por quem mais cuidava de
ti na infância?
A sua fé vem de uma necessidade por inclusão em um grupo (isso
acontece muito)? A sua fé vem do sofrimento? Ou ela é intrínseca, você tem fé
em uma inteligência maior, mas nunca parou para pensar realmente o porquê.
Eu pergunto, pois, a minha fé,
até metade da minha vida, era adotada, não legítima. Eu sabia rezar o Pai Nosso
e a Ave Maria de tanto escutar e ser obrigada a rezar no colégio, eu fui
instruída que havia um Deus, um poder superior, que castigava as pessoas, até
as boas pessoas e que essa era a forma que Ele "ensinava" as lições.
E que quando tudo ficasse muito difícil, que eu suplicasse a Ele por clemência.
Fui algumas poucas vezes em
igrejas e quando me dei conta, vi que na verdade, não tinha fé em nada, pois
nenhuma dessas práticas era absorvida e incorporada pela minha alma. Não tinha
um conceito formulado sobre Deus e os mistérios do Universo.
Sendo assim, como eu poderia simplesmente
entregar nas "mãos" de um "desconhecido", toda a minha vida
e ir me deitar tranquilamente como se não tivesse nenhum problema? Se na manhã
seguinte minha conta de luz estaria para vencer, mais contas chegando, uma
emergência médica surgiria, um reparo inesperado teria que ser feito em casa,
um namoro estava terminando e eu me sentia profundamente cansada, frustrada e
sem perspectivas para um futuro próximo?
Eu, definitivamente, não tinha
como SOLTAR nada.
Iniciei então uma busca
frenética por conhecimento, testei várias teorias, li vários autores famosos,
pratiquei incontáveis mantras, exercícios e rituais e nada me fazia entregar os
pontos. Eu queria soltar tudo ao Universo, eu sabia tudo decorado, que eu
deveria me sentir grata, sentir como se tudo já fosse meu, me sentir feliz,
elevar minhas vibrações e SOLTAR e viver uma vida plena e alegre. Mas sejamos
honestos: Às vezes, quando o mundo está desmoronando na nossa cabeça, é bem
difícil nos mantermos positivos, gratos e ignorarmos o ambiente e as circunstâncias
à nossa volta e sermos plenamente felizes.
Eu tinha fé. Mas fé no que? Em
quem? Eu ainda não sabia, eu só sabia que eu QUERIA ter fé em algo. E essa
DECISÃO me foi tudo.
A fé é um processo.
Descobrir o que realmente nos
move, faz nosso coração bater mais forte e nos dá a certeza maluca de que,
mesmo não se sabendo como, sabemos que tudo dará certo, não é tão simples, mas
é absolutamente possível se fizermos essa ESCOLHA.
Se você está em um momento da
vida onde tudo está muito difícil e você já está sem forças, tudo bem, não se
culpe nem se force pensamentos lindos o dia inteiro, não seja seu pior
carrasco, se alforrie. Quando abrir os olhos pela manhã e aquele sentimento de
medo, incerteza e às vezes pavor e vazio, se abaterem sobre você, apenas
respire fundo e diga em voz alta
"EU DECIDO CONTINUAR
ACREDITANDO". Você sentirá em breve a mudança do padrão
energético dentro de você.
Tenha em mente que cada pessoa
encarnada aqui na Terra tem suas fases boas e não tão boas. Tristeza, cansaço e
medo são sentimentos legítimos dos seres humanos. Eu não sou diferente de você,
você não é diferente do seu vizinho e nós não somos diferentes de um mestre
budista. O que nos leva a ter resultados diferentes são as ESCOLHAS que
fazemos. É como eu, você, seu vizinho e o mestre budista decidimos fazer com
aquilo que a vida nos dá. Você vê seu vizinho saindo às 5:45 da manhã para
correr, todo vestido e disposto e você pensa "Poxa queria ser como esse
cara", e ele está lá de baixo olhando o seu apartamento ainda com as luzes
desligadas e pensa "poxa, queria ser como esse cara e ainda estar
dormindo". Ele pode sair às 5:45 para correr, porque correr o impede de
ter uma nova crise de pânico, ou porque as altas taxas de glicose e colesterol
o obrigam a fazer exercício ou ainda porque a insônia é tão insuportável, que
ele tenta gastar as energias do corpo para ver se consegue dormir um pouco.
Ninguém conhece as batalhas do outro.
A gente nunca faz a análise da
história por um outro ângulo, porque estamos condicionados a achar que todo
mundo é melhor que a gente. Todo mundo faz melhor, todo mundo tem uma vida
perfeita, todo mundo tem um relacionamento maravilhoso, todo mundo consegue
mudar e prosperar, enfim, esses filtros de generalização são um perigo:
"Todo mundo”, "ninguém", "nunca" e "sempre".
São palavras muito fortes que devemos sempre prestar atenção em que contexto as
inserimos. São as nossas escolhas que nos trouxeram até esse exato ponto de
nossas vidas e somente elas poderão nos tirar daqui. A boa notícia é que só
você MANDA em você, então você pode, nesse exato momento, fazer uma escolha
completamente nova para a sua vida.
A fé é um processo. Lembre-se
disso. Não sinta vergonha ou raiva de si por não estar conseguindo cumprir as
108 repetições do H´oponopono, por sentir que nada surte efeito, pois não é a
prática que te fará SOLTAR, é a sua FÉ na prática, se eu repito 108 vezes
alguma frase e essa frase não é capaz de gerar emoção e fazer meu corpo vibrar,
não vai adiantar nada.
Você só vai conseguir SOLTAR,
quando conseguir CONFIAR e só confiamos em quem CONHECEMOS. Por tanto, antes de
sair repetindo feito um papagaio e praticando tudo que dá certo para os outros,
você precisa se conhecer. O autoconhecimento é a chave para a mudança.
Saiba de onde vem a sua fé, a
estimule, defina o conceito do Criador dentro de você. Quando você passar a
sentir essa energia criadora pulsando no seu coração, não te restará dúvida
alguma que ela existe, então o processo de soltar será natural. Não se pode
forçar. Tem que haver entrega absoluta.
"Cumpra teu propósito na
minha vida" diga quando não te restarem mais forças.
Por hora, se ainda não consegue
realizar essa entrega, faça a escolha diária.
Dessa forma, decidindo manter a
fé, tirarmo-nos do padrão de lamentação e de uma frequência negativa, mantemos
as portas e o coração abertos para encontrarmos a nossa fé, particular, genuína
e irrefutável.
Se não conseguimos manter a
vibração alta no momento, então que nos coloquemos em um estado neutro.
Eu escolho continuar acreditando.
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