E se passarmos pela Terra sem termos tido 7 milhões na nossa conta? E se completarmos 40 anos sem um imóvel próprio...?
E se não rolar de termos filhos? Se a nossa alma gêmea não aparecer? E se...?
E se tivermos nossos planos frustrados por circunstâncias que fogem do nosso controle e da nossa vontade, e se planejarmos e guardarmos dinheiro para aquela viagem espetacular ao redor do mundo, mas acabarmos precisando usar a grana pelo meio do caminho?
E se não aprendermos a dirigir? Se chegarmos aos 30 anos solteiros e morando com os pais? E se não passarmos no curso e na faculdade que tanto sonhamos?
E se a vida, de repente, tiver outros planos?
E se o nosso casamento não der certo e se começarmos a nos sentir profundamente exaustos e sem fé?
E se nunca tivermos o carro dos sonhos? O corpo dos sonhos e o relacionamento dos sonhos?
Como vamos lidar com a negativa, com os "nãos" da vida, com as desventuras e infortúnios que frequentemente acontecem?
Como vamos sobreviver à realidade se os nossos SONHOS não se mantiverem?
Se os nossos planos e desejos mais lindos e nobres não se concretizarem, precisaremos encontrar outros meios e ferramentas que nos possibilitem continuar existindo. Precisamos encontrar meios de sermos FELIZES. Ainda assim, mesmo que e apesar de.
Ainda que tomemos uma rasteira das boas, mesmo que tenhamos nos esforçado e tentado ao máximo dar o nosso melhor e apesar de todas as circunstâncias e resultados contrários às nossas expectativas, ainda assim, estamos vivos. E isso, caro leitores, deve nos bastar de alguma coisa.
*SE*, por acaso, algumas coisas não saírem com o esperado, precisamos nos voltar para dentro de nós. E aí que estará o nosso refúgio, fortaleza e boia de salvação. Por isso, precisamos tratar de construir um abrigo forte, com bases indestrutíveis, à prova dos furacões, tsunamis e terremotos da vida, porque a vida tem disso tudo. Porque faz parte do fluxo natural, parte da NATUREZA vital. Resistir, esbravejar, brigar e lamentar o tempo todo por tudo aquilo que NÃO conseguimos é nos condenarmos a uma masmorra horrível e solitária. É nos colocarmos na frequência da falta e da escassez. Olhemos para tudo que deu certo. Tenhamos a capacidade de recalcular a rota, de refazer o caminho. Tenhamos a humildade de reconhecer os erros e a sagacidade de reconhecer o nosso valor e de saber que somos MUITO MAIS que um carro, uma bolsa grifada ou uma cobertura em bairro nobre.
*SE* nada sair como o planejado, que tenhamos AMOR suficiente para nos reconstruirmos e darmos um novo rumo para nossas vidas. Que encontremos a aceitação e a felicidade em qualquer circunstância. Que achemos nossos morangos escondidos.
Se não encontramos a alma gêmea, que tenhamos bons amigos; se não tivermos filhos que estejamos em paz com isso. Se não formos milionários, que desenvolvemos olhos capazes de enxergar toda a riqueza e abundância que a grana não compra. Que mantenhamos a nossa fé e os nossos bons sentimentos a salvo. Que não deixemos de querer e de praticar o bem. E que encontremos graça no que a vida nos oferece.
Para que ao chegarmos no fim de nossas jornadas aqui, se não tivermos enchido os bolsos, que pelo menos tenhamos enchido o espírito de bons momentos e sentimentos, que tenhamos encontrado o amor dentro de nós e dessa forma, consigamos evoluir um pouquinho e não dar a encarnação como desperdiçada por termos passado toda a vida focados na FALTA.
Sempre vai faltar alguma coisa. O segredo, talvez, seja mudar o foco e olhar para o que temos e o que podemos extrair de mais extraordinário disso.
*SE* "nada der certo" então que sejamos rebeldes e passemos a ser felizes com tudo errado mesmo!
Boa vida!
Com amor,
Bru
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