Você provavelmente já ouviu falar de PNL = A Programação Neurolinguística está sendo bem difundida no Brasil ultimamente, mas como ela pode nos ajudar efetivamente no dia-dia? 
Tendo em mente que a PNL é um conjunto de práticas e estudos comportamentais e não uma ciência ou terapia, ela nos oferece algumas ferramentas simples para modificarmos alguns padrões de comportamento que trazemos conosco a vida toda e muitas vezes nem nos damos conta.

 É possível também remanejar alguns pensamentos doloridos e interromper ciclos viciosos. E é sobre isso que vamos falar um pouquinho hoje!

Todos nós já ouvimos alguma das famosas frases: "Eles se amam, mas não conseguem ficar juntos" ou então "Eles se amam, mas têm gênios muito fortes" certo?
E tais frases são ditas como justificativa para casais que, de fato, se gostam, mas que não se dão bem ou brigam muito. 
As brigas em um relacionamento amoroso ocorrem geralmente por divergência de opiniões ou então, muito frequentemente por ciúme excessivo (que está diretamente ligado à insegurança excessiva), mas uma coisa é certa: Nesse tipo de relação, o diálogo é praticamente inexistente. 
E o que acontece nesse tipo de relação é que nos ACOSTUMAMOS com isso. Nos acostumamos a brigar. Desenvolvemos ao longo do tempo, uma espécie de escudo protetor contra o parceiro; contra quem deveria ser nosso melhor amigo e fiel confidente. Que louco isso, não? 
Com isso, vamos aos poucos perdendo a intimidade e fazendo do relacionamento algo tenso, por mais que exista tesão e atração entre os dois. 
A verdade é que essa química explosiva, por mais que nos cause adrenalina e frio na barriga, não é suficiente para manter o relacionamento e mais cedo ou mais tarde causa danos doloridos aos envolvidos. 

Um relacionamento BOM, um amor BOM, tem que nos causar adrenalina e tesão sim, mas precisa, na mesma proporção, nos dar PAZ e serotonina!

Pensando nisso, nesse tipo de casal onde as brigas falam mais alto que o amor, é que venho desenvolvendo a Sinestesia Relacional
O que é isso, Bruna?

Na PNL quando dizemos "SINESTESIA" nos referimos a forma como melhor absorvemos o mundo à nossa volta e como nos comunicamos com ele. 
Existem pessoas que são mais visuais que outras, ou seja, elas transformam em imagem tudo de importante que lhes é dito, a memória delas também funciona a base de imagens e elas são estimuladas mais facilmente com o que vêm. Essas pessoas preferem ler do que ouvir. Esse é só um exemplo.
Em contrapartida, existem pessoas que são auditivas, por consequência, elas se expressam melhor falando, se tornam orais e elas precisam de palavras ditas, de conversa, para compreenderem plenamente o que é preciso. E preferem filmes a textos, por exemplo, os sinestésicos auditivos podem passar a ideia de "desdém" ao parceiro, pois às vezes não estabelecem um contato visual durante uma conversa/discussão e normalmente apresentam um comportamento mais introvertido.  E existem ainda os cinestésicos com “c” mesmo, que são aquelas pessoas que sentem e aprendem pelos outros sentidos, por exemplo, determinado ruído ou som pode evocar uma imagem particular, um cheiro pode evocar uma certa cor, uma palavra causa uma sensação fisiológica, geralmente essas pessoas não se expressam bem com as palavras, são melhores com os gestos, as ações, mas não costumam VERBALIZAR os sentimentos. 
Podemos concluir então, que cada um tem sua própria sinestesia e que talvez a sinestesia do parceiro seja diferente da nossa e detectar isso é o primeiro passo para mudar a comunicação para garantir a compreensão. 

Agora, sabendo disso, que tal tentar compreender a Sinestesia do seu amor, antes de partir logo para a DR? Lembre, que é um ciclo vicioso, ao qual nos acostumamos e que por tanto precisamos quebrar esse ciclo e nos desacostumarmos das discussões e caras feias. 

Entenda que se o parceiro (a) não se expressa da mesma forma como você ou do jeito como VOCÊ gostaria, não é porque ele (a) NÃO SENTE! Todos nós temos nosso jeito de sentir, de absorver e de expressar. 


Existem várias formas de demonstrar amor, mas nem todas elas serão do jeito como idealizamos ou necessitamos.

O parceiro não tem bola de cristal! E esse é um erro que constantemente cometemos: querer que o outro adivinhe o que precisamos e o que estamos sentindo. Acontece que em um relacionamento afetivo, deduzir e trabalhar com hipóteses é fatal. Por isso, FALE. Expresse. Bata sempre a real! Português simples e claro. Escreva, se preferir *risos*, ou cante…ou desenhe, ou abrace, mas não deixe de expressar com clareza os seus sentimentos, tantos os bons, quanto os ruins.

Se o outro é mais calado, ou mais extrovertido, se é de falar muito ou se não demonstra muito os sentimentos, você pode falar para ele "Amor, nossa sinestesia é diferente. Eu preciso, eu tenho a necessidade de falar que te amo e de ouvir, seria muito ruim para você se expressar dessa forma?" ou então "Meu bem, a minha forma de comunicação é diferente da sua, eu te amo mas não sou de ficar falando mil vezes, você pode entender e conviver bem com isso?" às vezes as pequeninas atitudes são capazes de grandes mudanças nos nossos relacionamentos!

Antes da próxima DR, lembre-se disso, respire fundo e analise a sinestesia do outro e então encontre a melhor forma de se comunicar com ele (a). 

Amor sem COMUNICAÇÃO é mera ilusão!



Bruna Stamato