O Ego é o fabricante de 50% dos nossos problemas.
Essa afirmação te assusta? Afinal, quem é o EGO, que tratamos como um "ser" à parte de nós?

O Ego a nossa porcentagem irascível, geniosa e infantil que todos nós trazemos conosco, em determinado grau; alguns com o Ego silenciado, outros com o Ego inflado, mais dominante.
O Ego cria, inventa problema onde na verdade não existe problema, no máximo, um conflito, que pode facilmente ser corrigido com diálogo e compaixão, coisas que o Ego não faz ideia do que sejam.
Muitos de nós vivem com seu "Eu verdadeiro", o responsável por pensamentos nativos, o que verdadeiramente compõe a Essência do Ser, soterrado pelo Ego. Vamos então, enchendo a cabeça de pensamentos, pré-conceitos formulados por terceiros, ideias que não são nossas e uma série de angustias e competições que seriam absolutamente desnecessárias se conseguíssemos soltar a mão do EGO e viver apenas com o EU. 

O que acontece quando o Ego toma o controle?
Vibramos em frequência muito baixa o que nos atrai mais e mais situações conflitantes.
Queremos revanche, vingança, atenção. Exigimos atitudes impecáveis das pessoas, coisa que nem nós temos... Queremos que nossos parceiros afetivos sejam uma extensão do nosso próprio Ego, que nos satisfaça em todos os aspectos, principalmente nos quais nós não nos satisfazemos. 

Queremos ser amados a qualquer preço e únicos e insubstituíveis. Queremos ter sempre razão! Não admitimos perder, o que for que seja, pois, o Ego é egoísta e quer possuir tudo. 

Por esse motivo, constantemente arrumamos sofrimentos excessivos. Uma vez que possuir tudo e todos é impossível. Não damos certo em nossos relacionamentos amorosos, já que não aprendemos a lidar de uma forma madura e adulta com personalidades diferentes, com Egos diferentes. Não aceitamos que alguém não satisfaça nossas vontades. Não aceitamos que alguém deixe de nos amar.
O Ego é um tanto mimado.

No trabalho também não conseguimos criar amizades e uma boa convivência, porque o Ego vive em competição o tempo todo, com todo mundo, até com quem não está competindo com ele.

Vivemos em conflito também no âmbito familiar. Porque o Ego não aceita críticas e acredita plenamente que não precisa melhorar em nada, já que os defeitos estão nos outros! E os outros têm a obrigação de nos ajudar e resolver nossos problemas, sempre e a todo momento. Por isso não desenvolvemos autorresponsabilidade, tão útil e imprescindível para uma vida melhor e uma mente mais saudável. 
O Ego é medroso e inconsequente e adora culpar os outros.

O Ego manipula, omite, mente, chantageia.
Ele não aceita um "Não". Quer sempre estar por cima da situação e por isso mantemos essa sensação de apego e posse quando o parceiro termina a relação conosco. Mas não é saudade, nunca foi. Porque saudade só sentimos do que é BOM, só sentimos quando amamos. É apenas o Ego ferido, se sentindo humilhado, que quer chamar a atenção do outro de qualquer forma, se não for por um sentimento genuíno, que chame a atenção por pena, intimidação ou vingança. Não por amor, longe disso, mas porque precisa satisfazer seu orgulho e provar para si mesmo que é o melhor. 

Quando silenciamos o Ego, o mundo e as nossas relações interpessoais ganham outro sentido.
Porque nosso "Eu" verdadeiro e natural, esse que fica escondidinho enquanto o Ego causa, assume. E o Eu natural é de paz. É pacificador. Passamos a entender os Egos alheios e principalmente a nos preocuparmos mais com nossas almas e processo evolutivo pessoal e assim nos damos conta que não estamos competindo com o mundo. Que o sucesso do outro não anula o nosso e principalmente, a nossa própria definição de "sucesso" ganha uma boa ressignificação. 

Isso promove um alívio ímpar. Nos darmos conta da nossa querida insignificância é libertador. 

O Ego nos faz reféns de nós mesmos.

Um bom jeito de calar o Ego? Dar-se conta dele. Perceber quando um pensamento e um sentimento é nativo, ou seja, é do EU ou quando é apenas uma ideia do EGO.
Perdoar as pessoas, ser grato por todas as situações vividas até hoje, porque elas constituem nossas bagagens de vida. E AMAR. Amar mais a vida e ser mais gentil e prestativo com o próximo.
Dessa forma derrubamos o Ego e despertamos para uma vida melhor.
Silenciar a mente, seja em oração ou meditação e TREINAR. Sempre que o Ego quiser tomar a frente e partir para o ataque ou te encurralar nos seus próprios medos, diga "Calma. Está tudo sob controle. Meu EU verdadeiro e legítimo não teme e não é de briga, tudo vai ser resolvido da melhor forma possível". Porque isso é SIM passível de treino, precisamos sempre promover auto-análise se queremos garantir nosso amadurecimento e evolução. Pratique! Comece agora a silenciar o Ego.

A PAZ é o pilar da vida. Sem ela não existe saúde, nem mental nem física e sem saúde não podemos trabalhar, correr atrás dos nossos objetivos, nos relacionarmos bem com as pessoas.

E só há paz verdadeira e genuína onde o Ego está adormecido.

Nem sempre o Mundo é o grande vilão e causador da nossa dor.

Lembremos disso.

Bruna Stamato