Se o planeta Terra tiver crenças limitantes, essa com certeza é uma atual: “OS TEMPOS MUDARAM, O AMOR HOJE É DIFERENTE”
Chego a ter sobressaltos no
coração quando leio e escuto essa frase. E mais de uma vez, já pedi que a
pessoa que estava a dizer, me explicasse, porque não entra na minha cabeça. O
amor mudou?
Então o amor não é mais aquele
troço que se instala no coração, que é lentamente disseminado na corrente
sanguínea, que em pouco tempo atinge em cheio o cérebro e inunda todos os
neurônios, nos fazendo ter delírios maravilhosos e enchendo nossos corpos de
endorfinas, serotoninas, fazendo nossas pupilas dilatarem ao avistar o ser
amado, nos causando suor, frio na barriga e uma certa tremedeira nas pernas e
uma sensação de vitória ímpar, de se ter alcançado o ápice da existência
terrena, quando nos damos conta que conseguimos cativar e receber um sorriso genuíno
e espontâneo do ser amado?
Amor não é mais aquilo que nos tira o sono e nos
causa euforia profunda em pensar que daqui a algumas horas iremos novamente de
encontro ao nosso amor? Não é o que nos faz ver cores a mais em dias cinzentos
e que faz tempestade se tornar mero
detalhe?
Amor não é mais algo bonito de
se ter, de causar orgulho e felicidade?
Amor hoje em dia, seria isso
que juramos em uma noite qualquer e que se vai na manhã seguinte tão ligeiro
quanto a ressaca chega? Amor estaria sendo falsamente profetizado em lindas
fotos que estão mais preocupadas em receber curtidas do que em curtir,
propriamente dito?
Em tempos onde
“DESAPEGA” virou lema de uma geração inteira, em tempos onde se propaga tanto o "Poliamor" ou "Múltiplas relações", apegar-se realmente parece
loucura.
Mas, para mim, esse lance de "amar" todo mundo, é coisa de quem, na verdade, não faz a mínima ideia do que seja o amor...é coisa de quem não ama ninguém.
Num mundo onde de repente parece que se apaixonar virou motivo de
chacota e vergonha e as pessoas nem sequer se dão tempo para sentirem algo,
qualquer coisa que seja, vivemos como mendigos afetivos em busca de esmolas de
atenção.
"O amor dói". Ok. Já
senti dor também. Mas o que dói é o desamor. É viver esperando do outro, coisas
que não vêm. E se não vem, é porque não são espontâneas ao parceiro...não
adianta se enganar. Não adianta inventar
amor onde não tem.
Não adianta querer se apaixonar pela foto de um perfil e por palavras vagas. Amor é presença, é calor, é timbre de voz. É parceria, amizade, entendimento. Amor é atitude; não só palavras.
Não adianta querer se apaixonar pela foto de um perfil e por palavras vagas. Amor é presença, é calor, é timbre de voz. É parceria, amizade, entendimento. Amor é atitude; não só palavras.
Desde quando o amor
parou de ser gentileza, amabilidade, para virar expertise na mão de gente
malandra?
O amor não é para profissionais. Digo e repito; amor é para amador. Para quem está disposto a aprender, a se doar e a receber.
O amor não é para profissionais. Digo e repito; amor é para amador. Para quem está disposto a aprender, a se doar e a receber.
Aonde foi que a
Humanidade se perdeu do amor? Aonde os Millennials ouviram que fidelidade,
companheirismo, lealdade e carinho estão foram de moda?
O que tristemente
constato é que o amor está se tornando algo banalizado. As relações afetivas
hoje criam nós, mas não, laços. A oferta é tanta, que não se faz mais
necessária a procura. E as pessoas andam um tanto descrentes sobre os bons
sentimentos verdadeiros.
O amor virou algo
tão efêmero quanto o borbulhar do champagne.
Felizmente, ainda
existe uma parcela de seres humanos que resistem, como eu! E fico muito feliz
por ver que mais gente se junta à mim nesta causa. Por isso te digo: Apegue-se!
Por favor, não entre na moda, desta vez. Com
uma geração que exibe suas conquistas sem ter de fato, conquistado ninguém,
onde levantam seus troféus quem consegue ficar com o maior número de pessoas e
manter-se sozinho... uma geração que fala com 12 pessoas ao mesmo tempo, mas
não é capaz de desenvolver um diálogo cara-a-cara por mais de 15
minutos...pessoas que acham demais saírem com 4 na mesma semana, mas que não
têm uma sequer para ligar quando uma gripe bate, numa noite chuvosa em estado
febril... Eu não consigo mesmo entender!
Quem enaltece o desapego, fingindo não se
importar. Concordo plenamente que todo ser humano precisa empoderar-se! E que a
gente só conhece a verdadeira felicidade quando consegue ser feliz por si
próprio, se bastar. Mas, depois que aprendemos estas lições fundamentais e não
passamos a DEPENDER mais de ninguém,
nos apegar se torna algo delicioso.
Apegar-se não é tornar-se dependente.
Apegar-se não é tornar-se dependente.
Apegar-se
é ser livre o bastante para não ter medo.
O amor continua aí. Aqui; em todo lugar. Pois o amor é a energia que
rege este planeta.
Nós é que precisamos nos reconectar
a ele, à esta energia vital e transformadora.
Então pare de se iludir e se forçar a aceitar situações que são inaceitáveis
para o seu EU verdadeiro.
Que você fique SÓ, antes estar sozinho, em sua própria companhia sincera e amigável e com a possibilidade de encontrar alguém bacana, do que estar mal relacionado e condicionado à infelicidade e à eterna expectativa que a decisão de mudar o tipo de relacionamento que se tem parta da outra parte. Até quando vale a pena esperar?
Que você fique SÓ, antes estar sozinho, em sua própria companhia sincera e amigável e com a possibilidade de encontrar alguém bacana, do que estar mal relacionado e condicionado à infelicidade e à eterna expectativa que a decisão de mudar o tipo de relacionamento que se tem parta da outra parte. Até quando vale a pena esperar?
Até quando vale a pena usar esse subterfúgio de que “os tempos
mudaram” para esconder os reais desejos do seu coração?
Os tempos mudaram. O amor, não.
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