Este
texto é sobre LEALDADE.
Lealdade é atávica.
Ninguém "se torna" mais, ou menos leal, com o passar dos anos.
Lealdade é aquilo que nos faz parar e sorrir, ao lembrar da estrada. É aquilo que nos move em direção ao amor, quando parece não ter sobrado mais nada.
LEALDADE é "APESAR DE", "MESMO QUE", E "AINDA ASSIM". Lealdade não pode ser forçada!
Lealdade é aquele sentimento bom, aquela certeza intrínseca de quem se é. LEALDADE é o respeito que sentimentos por tudo que já vivemos e principalmente, por tudo o que ainda queremos viver.
Tu, não tens nada disso dentro de você.
Não teve uma mínima dúvida sequer, ou ao menos amizade e complacência pela nossa história.Foi muito fácil abrir mão de tudo...
Não é sobre ciúmes ou raiva. É sobre a tua falta de caráter.
Não é sobre erros não...É sobre ESCOLHAS.
Não é sobre mim...é sobre NÓS. Ou pelo menos, o "nós" que éramos, até hoje.
É sobre o pó que a nossa história se tornou...Sobre as míseras migalhas de um amor, que já foi o maior do mundo, um dia.
Traição nunca é justificável. Apenas passiva de admissão e em certos casos, também dispensam uma confissão. Não tente se explicar...só cabe a mim, acatar ou não o seu perdão.
E não...dessa vez, eu NÃO te perdoo. Não te perdoo pois chega um momento em que de tanto se perdoar, nos tornamos cúmplices. Não te perdoo por mentir, omitir e negar, mais uma vez... Não te perdoo por me subestimar tanto e por se achar insubstituível... Não te perdoo por jogar toda a nossa vida no LIXO!
Não consigo perdoar a tua imensa burrice. Em desperdiçar, como se fosse algo fácil de se encontrar em qualquer esquina, um amor tão lindo quanto o que eu te tinha. Não te perdoo por não teres aprendido absolutamente nada comigo... Por ainda desconheceres o sentido de palavras e o pior, de sentimentos, tão triviais como "CONFIANÇA", "HOMBRIDADE" e "PARCERIA", pilares fundamentais de qualquer relação.
Não... Não te perdoo por teres ignorado cada lição dessas que eu, empírica e generosamente, te ofereci.
Não me venha com esse papo de que eu "fiz por merecer", que eu não dei atenção a você, que eu não "cuidei" como deveria...porque AMOR não é um jogo de competição, meu caro...AMOR é pista dupla em sentindo único.
Amor só existe onde há reciprocidade, troca, doação... O verdadeiro amor é altruísta! Se temos que controlar cada passo, cada ligação...se temos que desconfiar de tudo o tempo inteiro...não é amor, é possessão.
E se temos que aceitar tudo quietos, está longe de ser amor...no máximo, submissão.
E realmente, posse, é algo que não possuo, dentro de mim.
Te quis livre, do jeito que tu era...Nunca pedi para que mudasse...te dei a liberdade que eu gosto de ter, e você, imaturo do jeito que é, confundiu toda a minha boa vontade com babaquice... Mas eu nunca fui tola. Eu só amava você...
(e essa foi mesmo a minha maior tolice).
Foi um erro, confiar em alguém com quem se dividia a cama, a alma, a vida?
Acredito que o erro é ser alguém INCONFIÁVEL. Alguém dúbio e com personalidade fraca com um QI um tanto pueril, se me permite dizer...Mas não, baby, não estou aqui pra te ofender.
A escolha foi SUA. Nada do que eu tenha feito teve influência sobre as suas decisões. Essa culpa, eu não aceito dividir. Tampouco vestirei a carapuça de um ser indigno de ser amado e TRAÍDO, pois o traidor aqui, É VOCÊ. E eu...eu me amo demais, para continuar ao teu lado.
Eu te amei mais que à mim mesma, durante um bom tempo, é verdade.
Tu era o resumo mais completo da minha vida.
Tu foi a loucura mais proposital que eu fiz questão de cometer. E aqui estou, a pagar o preço de não ter racionado nada...e ter me doado, integralmente, a você. Mas a sua ausência infindável, fez com que eu me sequestrasse de volta pra mim. Retomei o relacionamento comigo mesma, e só tenho a te agradecer.
Quer saber?
Eu saio dessa de cabeça erguida e feliz com a minha enorme capacidade de amar! E de me reerguer.
Orgulhosa do que estou aprendendo. Minha fonte de amor é infinita!
Tenho pena de você, que nunca vai conseguir construir nada verdadeiro nessa vida...
Que vai continuar espiritualmente miserável, sem ter nada de bom aí dentro.
E aliás, pode ficar com os móveis, as lembranças e o apartamento...
Tudo de mais valioso que eu tenho, eu carrego no peito!
Eu espero que a tua noitada tenha valido muito a pena...caso contrário, tu terás um terrível arrependimento...(pior que a tua ressaca) quando cair em si e vir que perdeu a única pessoa que sempre quis te manter por perto, que te deu muito mais carinho e afeto, do que tu de fato merecia...a convivência consigo mesmo será horrenda.
Eu só lamento...
Mas não se preocupe, isso não é praga ou macumba...chama-se Lei do Retorno. Eu não perderia meu tempo amaldiçoando você. Pois acredito que agora você tenha, exatamente o que merece e o que tanto quis e fez por merecer. Ter que conviver consigo mesmo, nessa tua vida vazia, já é um péssimo jeito de se viver.
Pois é, meu bem, você está bem aonde eu tanto lutei contigo para não te ver...
Vai lá, a "otária" já não estará mais aqui amanhã pra assistir cenas do teu próximo capítulo, aquele em que você continua seguindo, como se nada tivesse perdido.
Aquele em que você continua a distribuir, teus falsos sorrisos por aí, e pega para se escorar, a primeira que aparecer. Como exímio parasita que tu és. Engane o mundo, mas poupe o discurso, pois eu...eu te conheço.Guarde sua lábia para quem precisas convencer...
Eu não te perdoarei nunca por teres mudado meu destino, sem que ao menos eu tivesse consentido e ainda por cima assassinado, a sangue frio, todos os sonhos que eu havia tão minuciosamente construído. Por teres matado o riso e tudo de bom que nós poderíamos ter sido.
Do resto, estás perdoado. Não farei de ti um karma tão pesado...Em breve, serás esquecido. E devidamente enterrado.
E eu também perdoo a mim mesma, por tanto ter te amado, e por ter vivido tudo que eu quis ter vivido contigo.
Por ter cedido...a todos os caprichos do meu coração.Por ter tantas e tantas vezes ignorado a razão... Agora tu és livre, pra ir pra onde quiser, sem ter pra quem dar satisfação.
Aproveite bastante a vida , antes que essa tua alma biltre te condene a solidão...
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