Frequentemente somos chamados de loucos, tachados como inconformados, enquadrados como fora do padrão. Somos as ovelhas destoantes da família, os amigos idealistas, os colegas que não se encaixam. 

Temos certa dificuldade em socializar com desconhecidos, pois isso implica em engatar conversas e as conversas de hoje em dia não nos entusiasmam a alma. Vira e mexe nos sentimos sozinhos e, de fato, muitas vezes estamos sozinhos. Questionamos excessivamente as nossas escolhas e com certeza, em algum momento de nossas existências, desejamos ser diferentes do que somos e iguais a "todo mundo". Nos importamos demais com os sentimentos dos outros, coisa que faz com que pensemos muito antes de agir, nos colocamos sempre no lugar da outra pessoa e temos a capacidade de sentir verdadeira empatia pela dor de um ser humano. Às vezes usam isso contra nós. Fazem sentirmo-nos inadequados, bobos e trouxas. E obviamente, nos magoamos com isso, mas à esta altura da vida já conseguimos entender que cada um dá, de fato, o que tem dentro de si, e deixamos cada um seguir o seu caminho evolutivo e lidar com as consequências das suas escolhas. Por mais que sintamos e nos magoemos diversas vezes, não deixamos de acreditar no bem e de PRATICAR o bem. Pois na nossa busca, aprendemos que o bem que fazemos a alguém, faz mais bem a nós mesmos e isso basta. 

Acreditamos! Acreditamos no amor, na lealdade, na bondade das pessoas. Acreditamos em fadas, bruxas, intuição; discos voadores. E acreditamos que o podemos tornar o mundo um lugar melhor, se cada um fizer a sua parte e der a sua pequenina contribuição. 

Amamos! Amamos loucamente e intensamente a vida, pois sabemos que o AMOR é o maior de todos os sentimentos, é a grande força motriz desse planeta e que quando estamos nessa frequência, somos capazes de realizar e atrair o impossível. Amamos, porque é da nossa natureza. E porque compreendemos que o amor é a meta, é a missão original da vida por aqui. Amamos sem medo, nos jogamos de cabeça, porque sabemos quem somos, já nos conhecemos o suficiente. E então, se perder em um outro alguém, não é mais um problema, é uma dádiva. 

Com o passar dos anos, nós, os buscadores, vamos desapegando cada vez mais. Das máscaras sociais, dos protocolos e obrigações. Do consumismo exacerbado, da vaidade, da necessidade de impressionar. Praticamos silenciar o ego e deixar a intuição falar. Perdemos o tesão pelo luxo, pelo excesso, pelo poder. Porque aprendemos que o maior luxo mesmo é ter paz de espírito e real gratidão por "SER" e não unicamente pelo "ter". 

O dinheiro não nos escraviza mais. Nós pegamos a contramão, viramos do avesso, abandonamos a matrix. Despertamos para dentro de nós e vimos que é aí que a vida acontece. Que tudo é um estado de ser, por tanto, não dependemos mais tanto do mundo exterior para estarmos em paz e felizes. 

Viemos praticando ininterruptamente a ACEITAÇÃO. Da nossas imperfeições, das dos outros, do mundo. Nos deixamos fluir, sem mais grande resistência e sem dor no coração, pois ser um buscador é confiar inteiramente no processo. É praticar diariamente a FÉ, é lidar com os maiores medos e não deixar que o desamor e a descrença nos atinjam alma adentro.

Buscamos a Luz. A compreensão, a paciência. Buscamos tudo aquilo que os olhos não captam, mas o coração sente. Buscamos não perpetuar comportamentos e padrões geracionais, buscamos quebrar ciclos tóxicos. Buscamos a nossa própria definição de DEUS, a nossa própria forma de amar. Buscamos melhorar, evoluir como pessoas, para poder contribuir um pouquinho com a evolução da nossa espécie. Sentimos que somos, realmente, todos interligados e que o que fazemos aqui é capaz de afetar todo um ecossistema, toda a Terra. 

Não buscamos a perfeição e a completude do mundo. Buscamos aprimoramento pessoal e o equilíbrio entre as dimensões e energias, a começar pela nossa própria. 

Nós, os buscadores, somos julgados, vira e mexe hostilizados e deixados de lado. Mas não se sinta só e perdido. Esse é o preço pago por quem decide não sair desse mundo da mesma forma que chegou. Temos uns aos outros e nossas "soletudes" se encontrarão em breve. Sempre nos encontramos, pois as almas buscadoras se reconhecem.

E quando a saudade de casa bater, lembre-se: para almas forasteiras, o Amor é LAR.

Com amor,

Bruna